É tão mais fácil encontrar desculpas para nossos erros, achar culpados, nos colocarmos como vítimas das circunstâncias, ter raiva de tudo, de todos e até de Deus. É costume do ser humano olhar apenas para si e ficar se comparando com outros e se achando o pobrezinho, indefeso, perseguido, abandonado… A lista é grande. E, geralmente, as palavras “não posso”, “não consigo”, “não tenho tempo” estão sempre acompanhando a infinidade de argumentos que damos para nós mesmos.
Ou então o inverso…
Bancamos os fortes, invencíveis, que aguentam tudo e nunca choram para não demonstrar fraqueza, afinal precisamos manter a imagem e impressionar os outros e convencermos a nós mesmos que somos inatingíveis, melhores em tudo, não precisamos de ninguém para absolutamente nada. As palavras que permeiam esse tipo de comportamento são aquelas: eu vou provar pra eles, o que pensam que eu sou?, ninguém vai me superar, e por aí em diante.
Mas todo extremismo é sinal de desequilíbrio e de alguma forma estamos enganando não apenas aos outros, mas a nós mesmos (o que é ainda pior).
Para mim (e deixo claro que isso não é lei para os outros, mas para mim mesmo e não tenho intenção nenhuma de dizer “façam isso” ou “sejam assim”, afinal cada um tem que, por si só, buscar descobrir sua identidade, o que quer, quanto está disposto a pagar por isso, qual o seu propósito na vida, etc.) … o ideal é que eu reconheça quem sou, em qual extremo estou e a partir daí buscar mudanças.
Não é problema chorar, sentir dor, sofrer. O problema é quando fazemos de um momento em nossas vidas uma fatalidade e desistimos de tudo e de todos. Triste é desistir de viver por causa de uma experiência que não deu certo, algo que não saiu como esperávamos. Mas a vida que está por vir é mais… eu preciso acreditar nisso!!! Que não estou viva por simples acaso e que em mim pode existir algo que em outra pessoa não exista e assim poderei de alguma forma fazer a diferença na vida de outro e o outro na minha e aí o crescimento é mútuo.
“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar e nem tão sábio que não tenha algo a aprender” (Blaise Pascal).
E reconhecer que não somos os donos da verdade também é ótimo e nos proporciona uma chance contínua de crescer e aprender com a vida. Ninguém tem que ser forte o tempo todo. Chorar não é sinal de fraqueza, mas de franqueza comigo mesma. Quando o coração está sobrecarregado, porque não aliviá-lo se permitindo chorar? Cada um tem seu tempo e acredito que temos direito de sofrer, de chorar, mas devemos estar certos de que isso não pode perdurar a vida toda, pois a amargura tira a alegria de estarmos vivos.
Então, se permita, reconheça suas limitações, seus desafios, metas e entenda quem você é. Decida ser autor da sua história e não vitima, deixe de ser um figurante e assuma o papel de Protagonista da sua história decidindo não ter pena de si mesmo, mas erguendo a cabeça e seguindo em frente. Certamente terás muitas histórias para contar e compartilhar do quanto você cresceu com as dificuldades e superou o que nem mesmo você imaginava ser capaz.
Ser vítima ou protagonista é um papel que você decide assumir!
Fonte: http://luanagraziela.blogspot.com.br/2012/11/de-vitima-protagonista.html