O que é educar? (Parte 2)

Confesso que no silêncio de minhas caminhadas e corridas pelas ruas, avenidas e praças de Belo Horizonte, cidade que adotei como terra natal, um dos temas mais recorrentes em minhas reflexões é o do significado do que é, na essência, educação.

Há cerca de quatro décadas (parece que tudo começou ontem mesmo!), envolvido com a educação de crianças, adolescentes e jovens, sinto-me, cotidianamente, um eterno aprendiz nessa sublime e desafiadora arte de educar.

Estou convencido de que educar é possibilitar a inspiração de um espírito livre e ético, capaz de vivenciar saudavelmente a vida como dom maior. Mais que ensinar conceitos e fórmulas ou memorizar datas e histórias para responder às questões dos vestibulares, educar é possibilitar aos alunos a construção de uma auto-estima positiva, de um caráter forte e de uma mente aberta para a criatividade e novas possibilidades. É promover o desenvolvimento de suas potencialidades em busca da autorrealização e da sua felicidade.

Afinal, fomos criados para que vivamos plenamente a nossa vida, promovendo relações saudáveis com os nossos semelhantes e com o nosso ambiente, casa de todos nós, atualmente cada vez mais sofrido e sacrificado por conta da ignorância e da insensatez humana.

Acredito que educar é possibilitar o crescimento e o desenvolvimento da pessoa de nosso aluno (sujeito único, irrepetível, insubstituível e livre) tendo em vista sua atuação no mundo como alguém responsável pela construção de relações humanas pautadas pelo respeito à dignidade humana em todas as suas dimensões e aspectos.

Educar é criar condições adequadas para a aprendizagem da utilização da intuição e da empatia para interpretar e compreender o outro e a realidade, buscando significados além da razão lógica.

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